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Francisco de Assis
Olhem só quem chegou,
Trazendo muitos bichinhos.
É São Francisco de Assis
Que retorna aos nossos ninhos.
Que linda luz ele traz,
De volta ao Nosso Senhor.
Quem não conhece esse anjo,
Está com falta de amor.
De dar ou de receber
Eis aqui nova questão.
Quem não me conhece ao certo
Não entende meu refrão.
Só quem viveu comigo sabe
O quanto eu gostava de bicho.
E digo pra quem não gosta
Jogue esse sentimento no lixo.
Os animais são nossos irmãos.
Ninguém sabe ao certo quem é melhor.
Sendo todos filhos do Pai
Não dá pra identificar o maior.
Tudo tem peso igual
Na natureza bendita.
E é isso que o irmão Francisco
Até hoje ainda acredita.
Aproveitem bem a vida
Nesse plano material,
Sem esquecer de verdade
Do nosso mundo animal.
Eles são muito amorosos,
Pois nos amam sem nada pedir.
O homem é quem maltrata
E depois quer exigir
O respeito do irmão alheio,
Muitas vezes, sem nada dar em troca.
E muitos animais machucados
Continuam a sair da toca.
Sei que tem muita gente boa,
Mas também ainda temos o mal
Interno nas pessoas,
Que maltratam um animal.
Mas as coisas estão mudando
E outros Franciscos estão a surgir.
Muito em breve o Universo
Não vai mais se repartir
Nesses diversos reinos, que hoje
O homem ainda quer separar.
Em breve tudo será
Um mesmo ser a integrar
A grande teia da vida.
E nada mais será diferente.
Todos que nela renascem
Trazem uma luz permanente
Do irmão Cristo que aqui chegou,
Trazendo um exemplo de paz.
Para quem não o entendeu
Só resta ver como faz,
Assistindo outros irmãos
Que caminham entre a gente.
Já conseguem ser Cristo
Se tornando diferentes.
Exalam uma luz perfumada,
Que por nós passa.
Com certeza muito em breve
Todos formarão uma massa
Sólida, pura e homogênea,
Com a mais profunda cor
De um amor mais verdadeiro,
Gerado pelo Pai Criador.
Obrigada, São Francisco,
Meu Chiquinho adorado.
O São não te pertence
Pois com ele não foste batizado.
Este São foi dado mais tarde,
Pois queriam te enaltecer.
Mas como todo bom santo
Não quiseste reconhecer.
Não era do teu estilo
Ficar com títulos ilusórios.
Tua humildade era tanta
Que perdeu os próprios olhos.
Talvez para não ver tanto
O que o irmão ostentava.
Tua riqueza tamanha
A ninguém mais importava.
Trazia dentro de si
O maior tesouro do mundo,
O amor aos animais,
Irmãos ainda fecundos.
Somente tu eras capaz
De entender este ser,
Pois tua maior lição
Ficou em não querer ter.
Nada quis do mundo corpóreo,
A não ser exercitar o amor.
Tua riqueza, meu amigo.
Era desse verdadeiro valor
De não aceitar propostas,
Dos que queriam então comprar.
Tua verdadeira missão
Era ensinar-nos a amar.
Amar sem distinção
De raça, credo ou reino.
Sempre que aceitamos
O irmão vira um gênio,
Um herói nosso aliado.
Não precisamos separar.
Só porque alguém é diferente,
Conosco não vai deixar de andar.
Existe uma comunhão
Para todas as criaturas,
Sendo mineral ou vegetal,
Animal sem armadura,
Com vestes ou sem ela,
Não importa a posição.
Tudo foi criado por Nosso Pai
Em busca da redenção.
Foi um exemplo puro
Da maior simplicidade.
É pena, irmão Francisco.
Que poucos entenderam tua verdade.
E continuam no mau trato
Aos animais nossos irmãos.
Um dia todos terão
Que juntar, então, as mãos
Em favor do enfraquecido
E também do abandonado.
Nesse dia quero ver
Quem não fica desse lado.
Pois a melhor coisa da vida
É ajudar o irmão,
Levantando todos os dias
Com a mesma decisão.
No propósito do servir
Devemos sempre andar,
Sem escolher a quem
Eternamente amparar.
E assim termino o verso,
Esperando tua compreensão.
Refletindo sobre minhas palavras,
Tu não vais deixar teu irmão.
Do livro: Construindo Pontes
Pelo espírito: Paula Bellaver Pinheiro de Lima
Pscicografia: Jurema Regina
Ícone Design, 2009. Florianópolis